02/04/2019
Quer sair do vermelho?
Quando o assunto é como pagar uma compra, se à vista ou em parcelas, os educadores financeiros afirmam
que evitar dívidas futuras é a melhor saída. Confira as dicas da Boa Vista SCPC parceira da Aciarp.
Quando o assunto é como pagar uma compra, se à vista ou em parcelas, os educadores financeiros afirmam que evitar dívidas futuras é a melhor saída. Ou seja, recomendam à vista.
Mas essa não é uma verdade absoluta. A decisão em fazer o pagamento total na hora da compra ou parcelar o valor vai depender da análise de alguns fatores. Para ajudar você a responder essa questão e para que possa realizar suas compras numa Boa, aqui vão algumas dicas:
Preciso comprar e não tenho dinheiro
A urgência na compra é fator determinante para a decisão de pagar à vista ou parcelado, caso não haja dinheiro disponível no momento. Por exemplo, se há a necessidade de comprar uma geladeira ou um par de óculos, que quebraram. A compra parcelada vai possibilitar adquirir o item imediatamente caso você não tenha o dinheiro. Afinal, não é possível ficar sem geladeira e nem sem os óculos. Aí, o que vai determinar na decisão é o bom
senso. A compra parcelada pode evitar inclusive de cair no crédito rotativo do cartão ou nos juros do cheque especial, normalmente muito mais altos do que os do parcelamento. Se você tem o dinheiro, mas o pagamento à vista vai deixá-lo sem nenhuma reserva financeira, é preferível também parcelar. Caso apareça alguma emergência, você terá recursos financeiros e não vai precisar entrar no cheque especial.
É também vantajoso comprar parcelado quando não houver desconto no pagamento à vista. Se tiver o valor para pagar a compra de uma só vez – e se for uma pessoa organizada -, opte pela compra parcelada, pague a primeira parcela e aplique (pode ser na poupança) o valor restante. Vai retirando a quantia de cada parcela mensalmente para quitá-la. No fim do prazo verá que teve um rendimento, que pode parecer pouco, mas não deixa de ser um lucro.
Benefícios futuros
Pagar em parcelas é uma boa opção para quem precisa adquirir algo que vai trazer benefícios futuros. Exemplos: se necessitar de um carro novo, um equipamento qualquer, um computador ou outros bens que
serão usados para o trabalho e vão gerar renda. Ou até mesmo para fazer um curso, que será fundamental para o desenvolvimento profissional.
Parcelas que cabem no bolso
Antes de fazer qualquer parcelamento, verifique o orçamento doméstico para saber se o valor mensal não irá deixar você no vermelho. Se ainda não sabe como prepar esse orçamento, baixe a “Cartilha do Orçamento Doméstico”, aqui.
Dinheiro está aplicado
Será que vale a pena sacar o dinheiro aplicado para comprar à vista? Ou será que o rendimento compensa os juros do valor parcelado? Para decidir, pense no rendimento da aplicação, nos juros das parcelas do que quer comprar e no desconto oferecido para o pagamento à vista.Parece complicado? Vamos traduzir. Primeiro é bom saber que, conforme a Resolução 3.517/07, do Banco Central, quem vai ceder o crédito é obrigado a informar a composição do Custo Efetivo Total (CET), detalhando os encargos que compõem o financiamento. O CET é a taxa que considera todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito contratadas. Nele estão a soma de taxas de juros, os tributos, as tarifas, o IOF, o seguro e as demais despesas do contrato de financiamento ou parcelamento. Sabendo o que é CET e conhecendo o valor dos rendimentos de sua aplicação, faça o cálculo dos juros que pagará na compra a prazo.
Para ajudar a fazer esta conta, uma boa ferramenta é a Calculadora do Cidadão, do Banco Central. Com ela é possível fazer várias simulações, como de cálculo de tempo que um empréstimo será quitado tendo como informação o valor, a porcentagem de juros e o valor de cada prestação.
Com estas dicas, você pode decidir como é melhor pagar suas contas, se à vista ou parcelado.